É impossível falar de SAND LAND sem mencionar a mente brilhante por trás deste universo criativo e bem divertido. Akira Toriyama (DRAGON BALL e Dr. Slump) faleceu aos 68 anos devido a um hematoma subdural, deixando o mundo em luto pela perda de uma das mentes mais geniais da Cultura Pop.
O criador de Goku e do universo que certamente fez muitas crianças se sentirem como super-heróis partiu para uma jornada distante da Terra, e infelizmente, até o momento, as Esferas do Dragão ainda não foram encontradas.
SAND LAND é um RPG de ação baseado no mangá de Akira Toriyama, que nos apresenta um mundo pós-apocalíptico onde humanos e demônios lutam por algo essencial para a sobrevivência: a água. Com um protagonista carismático, o jogo nos envolve, e é totalmente compreensível que você nutra um grande carinho por Beelzebub, o Príncipe dos Demônios.
Uma fonte de esperança

Com a escassez de água cada vez mais intensa, humanos e demônios passam a brigar incessantemente pela molécula essencial para a vida de ambas as raças. No meio desse caos, Beelzebub e seus companheiros do Reino das Trevas recebem uma visita inusitada motivada por um plano que parece perfeito.
Rao, um xerife de uma cidade pequena, diz ter indícios de uma fonte de água, o que, consequentemente, traria paz e uma nova esperança para um mundo que até então respira por aparelhos.
A jornada se inicia e nela conhecemos um pouco mais dos icônicos personagens da obra e também o verdadeiro vilão de SAND LAND. Um Exército Real abusivo capaz de tudo para que a fonte não seja encontrada. Além disso, o mundo semiaberto do jogo esconde inimigos, masmorras e também um bom loot. Entre elas, peças para equipar os veículos usados por Beelzebub e sua turma.
Um gameplay que não brilha, mas não tira o brilho
É impossível não reconhecer que SAND LAND tem um combate simples demais, que torna tudo muito repetitivo. Isso somado a um mundo semiaberto vazio, com inimigos modestos em criatividade e mecânicas. Dungeons um tanto quanto preguiçosas ofuscam (mas não tiram) o brilho do jogo, que merecia um pouco mais de atenção aos pontos citados.
O que ameniza um pouco as coisas quando o assunto é gameplay são os muitos veículos de combate e as diversas opções de upgrades para eles. Para mim, o ponto alto do combate são, de fato, os embates nos tanques de guerra, motos e até mesmo usando um robô saltitante.

Ao longo do jogo, é possível subir de nível e desbloquear novas habilidades para Beelzebub e seus amigos. O fato é que o combate realmente acaba sendo monótono e pode se tornar entediante com o tempo, levando você a querer simplesmente subir em um veículo e avançar para o objetivo.
O ponto alto da coisa!
Onde de fato SAND LAND brilha de maneira incontestável é em sua direção de arte e no esmero na criação de seus personagens. Quem seria capaz de criar um mundo caótico onde demônios e humanos brigam pela água, mas trazê-lo de forma leve, divertida e com lições para além do mundo virtual? O eterno e saudoso mestre Akira Toriyama, é claro!

Os gráficos de SAND LAND possuem um charme singular e estão repletos de contrastes, seguindo fielmente o estilo anime já conhecido em outros jogos da Bandai. Já a trilha sonora, por sua vez, desempenha de forma inteligente o papel de intensificar os momentos marcantes da trama, como a da fuga com o tanque de guerra roubado do Exército Real. Absolute Cinema!
SAND LAND vale a pena?
Akira Toriyama vai além de Dragon Ball! SAND LAND apresenta um universo pouco conhecido aqui no Brasil, mas repleto de referências ao icônico anime que nos apresentou Goku e seus amigos. No entanto, investir tempo no anime pode proporcionar uma experiência mais rica do que a oferecida pelo título multiplataforma desenvolvido pela ILCA e publicado pela Bandai Namco.
Nota: 7.5
- + Personagens carismáticos e direção de arte competente;
- + Grande variedade de veículos.
- – Combate repetitivo;
- – Pouco desafio e recompensa.
Para a elaboração desta análise, nossa jornalista recebeu da Bandai Namco uma cópia do jogo para PC.