Ministério da Justiça adquire PCs Gamers por 58 mil reais

Pode parecer muito estranho um órgão público adquirir peças tão caras como computadores gamers e consoles tipo PS4 ou Xbox One, visto a crescente onda de corrupção exposta diariamente no Brasil. Porém, o Departamento de Promoção de Políticas Públicas tem um motivo para tê-los. Nele, trabalham os classificadores de conteúdo do governo, que são responsáveis pela indicação de faixa etária de diversos conteúdos de audiovisual, inclusive jogos.

Apesar do preço de R$ 29.308,03 a unidade, o setor garante que os itens foram adquiridos em um pregão, uma espécie de leilão onde as empresas responsáveis pelos produtos oferecem uma tabela de valores e o governo opta pelo menor preço. O valor de R$ 58 mil foi retirado do orçamento total do Ministério, que foi aproximadamente R$ 13.2 bilhões para esse ano. Além disso, outros equipamentos foram adquiridos por meio de doações e a compra foi anunciada num edital publicado em junho.

Créditos: Shutterstock

Funcionamento do “departamento de jogos”

Alguns lançamentos de sucesso como GTA 5, The Last of Us ou God of War tem a venda contraindicada para menores de 18 anos, ilustrada em suas capas por um conhecido selinho preto. A comissão responsável por fazer isso é a da Classificação Indicativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que revisam todo o jogo para estipular a melhor faixa etária. Os motivos vão desde cenas que possuem consumo de substâncias ilícitas ou sexo, até a quantidade de violência presente na gameplay.

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A primeira regulamentação de produções audiovisuais apareceu logo após a extinção da censura, na volta da democracia e junto da Constituição de 1988. Para que o processo de análise ocorra, as desenvolvedoras precisam entrar em contato com a comissão e solicitar uma revisão. Quando o pedido é aprovado, os jogos são enviados e o processo classificatório se inicia.

Uma das cenas de luta do último God of War, jogo marcado por suas batalhas cheias de sangue e violência. Créditos: Sony

Há, no entanto, jogos com cenas de teor “violento” que ainda podem ser considerados livres para todos os públicos. Embora, por exemplo, Minecraft contenha criaturas, batalhas ou cenas de morte, os detalhes destas cenas são leves e fantasiosos, qualificando a indicação livre. “Fantasioso” são situações que não condizem com a realidade, como poder reviver ou tomar “poções” que restauram sua vida. Tortura e sangue afasta o conteúdo do fantasioso e, infelizmente, o aproxima de uma perspectiva mais realista.

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